Ao aparecer diante dos discípulos reunidos no cenáculo, Jesus ressuscitado diz “Paz a vós”, como narra São João. “Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado”, continua o evangelista (Jo 19, 20). O mesmo texto relata que, oito dias depois dessa aparição, o apóstolo Tomé introduziu a mão no lado aberto do seu Senhor, a convite do próprio Jesus. Mas, porque Jesus conserva as marcas de sua paixão e morte, mesmo depois de ter ressuscitado? Porque faz questão de se deixar tocar, justamente em seu lado aberto, naquele que foi transpassado pela lança?
Quando Tomé colocou a mão na ferida de Jesus, ele tocou também o Seu coração. Como afirmou Bento XVI, ainda enquanto cardeal, “este coração não é autoconservação, mas autodoação. Abrindo-se, salva o mundo. O acontecimento do coração aberto é o conteúdo do mistério pascal. O coração salva, verdade, mas salva doando-se”. A doação da própria vida é grande prova de amor através da qual Deus apaga todo o mal e torna a humanidade verdadeiramente livre do pecado e da morte eterna.
A festa do Sagrado Coração nos recorda a vitória de Cristo sobre o mal. Quando o soldado o fere com a lança, ali está sendo dado o último golpe de ódio e impiedade do homem contra Deus. Ao ferir o coração de Jesus, a lança se torna bendita, pois penetra no corpo sagrado e santíssimo de Cristo. A lança é purificada.
A festa do Sagrado Coração nos recorda a vitória de Cristo sobre o mal. Quando o soldado o fere com a lança, ali está sendo dado o último golpe de ódio e impiedade do homem contra Deus. Ao ferir o coração de Jesus, a lança se torna bendita, pois penetra no corpo sagrado e santíssimo de Cristo. A lança é purificada.
Ao longo dos séculos, homens e mulheres creram no mistério da misericórdia de Deus que se deixa transpassar de dor e de amor para salvar aos que recorrem a Ele. A vida de Santa Teresinha do Menino Jesus é um exemplo de confiança na providência divina. Mesmo não tendo cometido jamais um pecado mortal, como atestou o padre confessor, a carmelita francesa exaltava a todo instante a misericórdia de Deus para com os mais pecadores e dizia: “se eu tivesse cometido todos os crimes do mundo eu manteria a mesma confiança”.
São Claude de la Colombière, jesuíta canonizado por João Paulo II em 1992, afirmava que os homens poderiam lhe tirar tudo, que ele poderia perder a graça por causa do pecado, mas que nunca perderia a esperança na misericórdia de Deus: “Senhor, faço a escolha de ser livre de todas as angústias”.
Assim como Tomé e os outros santos da Igreja, somos convidados por Jesus a confiar na sua infinita misericórdia, a tocar na sua ferida de amor e a adentrar no seu lado aberto até chegar ao lugar mais profundo do Sagrado Coração. Deus tudo perdoa, tudo transforma em amor, basta que nos abandonemos em sua providência, sem ter medo, deixando que Ele nos salve nos faça felizes.
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